Escrevi ouvindo: Vozinha chata da professora chata da matemática chata (y). Digitei ouvindo: "Last Night on Earth", do Green Day.
Aula de matemática: análise combinatória. Ou cochilo ou vou pra mais um dos meus devaneios, constantes na minha vida. E cada vez mais fortes e intensos. Mas, ao contrário de ontem, só uma coisa aparece na minha cabeça. Coisa que aparecia constantemente nela, mas não a todo momento. Não consigo parar pra prestar atenção na aula. E olha que é uma das matérias que eu mais tenho dificuldade. Achei que se pegasse um pedaço de papel e começasse a escrever, esse sentimento ia passar e eu finalmente iria conseguir prestar atenção na aula e absorver alguma coisa dessa matéria que eu tanto odeio. Mas, se for parar pra pensar, a aula de matemática tá acabando e depois tem aula de português. E nada mais justo numa aula de português, né mesmo? Bom, eu vou pensar assim que ai me sinto menos culpado de estar fazendo isso bem no cursinho. Mas a realidade é que escrever me deixa bem. E ainda mais na minha condição atual, estou tentando de tudo pra me fazer mais alegrinho. E escrever isso aqui, tá me deixando aliviado. Assim, esqueço os problemas, ou pelo menos reflito sobre eles, e tenho um momento comigo e, talvez, com quem lê isso aqui -ninguém- e exponho essas loucuras sem ter medo de ser feliz.
A aula acabou de terminar e tô me sentindo menos culpado de estar escrevendo. Até porque eu tô no intervalo e não costumo fazer nada durante esse tempo. E escrever, como já falei antes, tá sendo muito bom pra mim, até me colocando mais pra baixo, mas, ainda assim, me fazendo refletir. Então, esse foi o intervalo mais proveitoso que eu tive desde que entrei aqui. Logo o intervalo, que costumava ser a parte mais divertida de ir pra aula. Seja aqui em BH ou no Rio. No cursinho me sinto sozinho, sem ninguém pra fazer palhaçada comigo ou falar besteira. Quero terminar logo esse negócio aqui pra poder entrar na faculdade logo, pra, até que enfim, mudar tudo de novo. Pô, mas quantas mudanças!
Acabo de descobrir, segundo meu professor de Literatura, que eu escrevo todos esses textos baseados em anacolutos: cheio de quebras de ideias. Ou seja, falo muito de tudo, sem querer dizer nada e sem chegar a alguma conclusão. Mas é assim que essas coisas estão na minha cabeça, sem linearidade ou algo que as direcione pra algum lugar. E minha tarefa é só passar minhas ideias pro papel/computador, então tô no caminho certo, ou não. Já me disseram que eu escrevo do modo que eu falo. Considerei isso como um elogio, porque, como futuro comunicador social, o dom da palavra é muito importante, diria até essencial. Se bem que acho que eu não tenho esse dom...
Pelo mesmo professor, descubro que também não sou confiável, já que sou um narrador de primeira pessoa. Disso eu não concordo. Não que eu seja a pessoa mais confiável do mundo, mas me contento com o grau de confiabilidade que eu tenho. Mais uma vez português ferrando com a minha reputação.
Bom, acho que já escrevi demais. Acho. Porque eu tô escrevendo numa folha de caderno e ela tá quase acabando. Não sei exatamente quanto isso dá de espaço no computador, mas acho que já deu um texto bem grandinho. Mas, quem se importa? Ninguém lê essa coisa aqui mesmo... Aliás, se alguém estiver lendo, saia que eu venci uma grande preguiça pra conseguir digitar esse texto todo. Será que consigo?
Vou voltar pra minha aula porque o que o professor tá falando tem um interesse na minha vida futura, e né, tenho que prestar atenção em pelo menos uma aula, já que acabou de bater o sinal pro último horário. Então é nessa aula que eu tenho que focar. Vou lá porque senão não paro de escrever.
Até
Que liiiindo amigo
ResponderExcluirVocê tem muito dom com a palavra sim. E fique tranquilo, essa fase complicada vai passar
Tô sempre aqui por você
PS; deixa de ser bobo, volta logo pro Rio =D
Fipi, se precisar desabafar para aliviar seus pensamentos complicados, sabe que pode contar comigo, né?
ResponderExcluirE não vai pensando que não tem ninguém lendo, pq tem EUUU!! =D
ownn gatinhas, brigadãaao pelo apoio!
ResponderExcluirAdorei esse texto, principalmente a parte que fala das figuras de linguagem e o seu jeito de escrever. Parabéns!
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