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sábado, 28 de janeiro de 2017

Mas, vale a pena?

Eu não sei o que sentir. Um início de relacionamento é sempre meio complicado. Conhecer a pessoa do zero, saber seus gostos, costumes, modos de ver a vida... Estar disposto a mudar para se adequar àquela nova realidade. Estar disposto por abrir seu coração para uma pessoa que você mal conhece morar. Estar ciente de que essa pessoa pode levar sua vida do céu ao inferno. Estar aberto a todas essas possibilidades. Principalmente, ao medo de nada dar certo e você voltar à estaca zero, pior do que você entrou. Machucado, arrependido por atitudes ou até mesmo de ter perdido um tempo que poderia estar sendo gasto com outra coisa ou pessoa. Às vezes me pergunto o por quê de querermos sempre estar namorado. É válido entramos num relacionamento pra sofrer? Não seria melhor ficarmos bem conosco mesmo, com nossos amigos e família ao invés de passar a vida buscando alguém que talvez não vá fazer tão bem? Talvez... Esse talvez me mata. Será que vale a pena o risco? Antes pensava que sim. Hoje, talvez, tenho uma ideia diferente disso. Quem sabe ser autossuficiente e não precisar de um par romântico pra vida não seria melhor? Entender o outro e como ele se comporta diante de algumas atitudes, ter confiança, acreditar, isso tudo é tão difícil. Então, pra que ter isso? É um pouco fácil de pensar sobre isso, mas o fazer é difícil. Como travar um relacionamento sendo que você pode ser a pessoa mais feliz do mundo com ele? Que você pode viver experiências incríveis, casos pra contar pros amigos e pros netos. Talvez ele não pode ser o amor da vida. O que é bem provável. Mas, vale a pena?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Breve relato de um novo relacionamento

Novo. Diferente. Aplicativo. Match. Dois. Natal. Amor. Distância. Desafios. Salto. Balões. Bolhãs. Quilômetros. Telefone. Voz. Ouvido. Fotos. Passado. Ciúmes. Concessões. Costumes. Rotina. Gostos. Cumplicidade. Angústia. Sinceridade. Músicas. Momentos. Bebidas. Zero. Lugares. Aventuras. Comidas. Coraçãozinho. Filmes. Ligas. Conhecimento. Autoconhecimento. Animais. Ursos. Baleias. Cachorros. Gatos. Perfumes. Alergias. Alegrias. Família. Séries. Cores. Risadas. Gostos. Sorte. Momentos. Presente. Sorrisos. Abraço. Beijo. Pele. Cócegas. Sexo. Vergonhas. Palavras. Frases. Significados. Saudade. Medos. Superação. Crescimento. União. Altos. Baixos. Viagens. Expectativas. Decepções. Melhora. Descobertas. Felicidade. Cuidado. Diferenças. Dificuldade. Compreensão. Companheirismo. Bom dia. Boa noite. Sonhos. Realidade. Vida. Futuro. Planos.  

quarta-feira, 9 de março de 2016

Um ano

Prometi que não ia voltar a pensar em você, escrever pra você, hesitar em falar com você... Mas definitivamente não consigo. Me forço, tento focar em outra coisa, em outras pessoas. Meu pensamento só fica em você e realmente não sei como tirar. Já tentei de tudo, desde ocupar meu dia com passeios, séries ou filmes. Mas todos os lugares, todas as cenas, todos os momentos me lembram de você. Até uma simples músicas me trazem recordações que não posso controlar. 
Chorar já passou a ser uma constante. Logo eu, que sempre me gabava nunca chorar, de ser forte. E logo por você, que era a pessoa com o coração mais mole que conheci. Sempre te criticava por chorar em quase todas nossas brigas. E, agora, vejam só. Sou eu quem choro em cada canto, no banheiro do trabalho, no caminho de casa, no banho. Já não tenho mais vergonha de chorar na frente de outras pessoas, não me importo sobre o que elas pensam. Agora é a minha vez de falar que já não tenho mais lágrimas pra chorar.
Você pode dizer que é carência, que estou sentindo falta dos meus amigos, da minha família, por isso estou assim tão emotivo. Mas estou sim, com saudades deles todos sim. Só que estou com saudades de você também, de tudo que a gente viveu, de tudo que a gente planejou viver, de todas as futuras viagens, das nossas batalhas Pokémon, da nossa casa (ou apartamento, como você queria) com a Cora e talvez com o Artur, dos meus filmes de animação, dos seus de terror e dos nossos de super heróis. A cada lembrança aleatória do ano de 2014 me lembro de você, do que talvez a gente pudesse estar fazendo naquela hora. Quem sabe comendo alguma coisa gorda? Ou quem sabe explorando um lugar novo? Ou até mesmo brigando, por que não? Afinal, por mais que a gente se amasse muito, brigávamos bastante também, eu sei que não sou fácil.
Queria te dizer que aprendi muito nesse um ano juntos e também nesse ano separados. Sempre me dizia para não me arrepender de algo que fiz. Mas não existe um dia sequer que não me arrependa daquele 8 de março de 2015. Como você mesmo disse, foi uma decisão definitiva, mas que não pensei nas consequências. Agora eu pago todos os dias por essa decisão mal pensada, ou até pela minha falta de paciência. Naquele dia eu perdi o amor da minha vida. 
Diferente de mim, eu sei que você está conseguindo seguir sua vida. Me dói o coração ver que outra pessoa está te fazendo tão (ou mais) feliz do que te fiz. Mas o que eu posso fazer? O que fazer? Não sei... Disseram que o tempo cura tudo, mas sua memória continua aqui, mais vívida que nunca, mesmo depois de um ano. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Reticências

Prometi para mim mesmo que desde então pararia de te procurar. Que desde então não pensaria mais em você, não falaria mais sem nome e, enfim, conseguiria seguir em frente. Não digo que não me esforcei. Tentei, incansavelmente, daquele dia até hoje, te tirar do minha cabeça e do coração. Não é uma tarefa fácil, você deve bem saber disso. Tentei. Todos os dias em tirar você de mim. Quando sua imagem aparecia, eu logo tentava tirar. Pensava em outras coisas, no meu trabalho, no que eu iria comer no jantar, em quem seria o alvo da vez... Pensava em tantas outras coisas que elas mesmos me levavam até você. Me traziam lembranças e, mais que isso, me faziam voltar praquilo que mais gostava, e aquilo que eu mais temia: você. Tentei me envolver com outras pessoas. Tentei investir realmente nessas relações. Tentei fazer com que elas me motivassem a te esquecer. Mas o resultado foi justamente o inverso, eu os comparava a todo o tempo com você. "Ah, ele jamais faria ou falaria isso" ou "O que que ele faria se estivesse aqui?", eram questões que apareciam na minha cabeça pelo menos mil quinhentas e vinte duas vezes por dia, sem contar nos finais de semana, que o índice aumentava consideravelmente. Até que decidi discordar completamente daquele ditado que diz que só esquece um amor com outro. Forçar um sentimento não ia fazer com que eu te esquecesse. Foi aí que eu resolvi te procurar. Resolvi engolir meu orgulho, mais uma vez. Você sabe que sou bem orgulhoso, né? Queria tentar pela última vez. Queria correr atrás do que eu perdi e tanto sentia falta. Queria tentar o meu máximo pra deixar você perto de mim, pra sempre, pelo menos. Eu sei que essa abordagem não deve ter sido fácil pra você também. Logo depois de quase um ano. Praticamente um estranho pedindo pra entrar na sua vida de novo. Que loucura. Eu entendi que essa aceitação demorava tempo, mas estava disposto a esperar o quanto for. Mas também esperava que você entendesse essa demora em dar algum sinal de vida. Eu precisava desse tempo pra repensar todas minhas atitudes. Precisava ter vivido tudo para valorizar a sua presença e tudo o que você fez pra mim. Precisava crescer e amadurecer para que isso acontecesse também com o nosso relacionamento. A sua resposta não foi o que eu realmente esperava ouvir. "Você está me pressionando", foi o que eu recebi. Me senti o vilão, senti que estava te fazendo mal. E por te fazer mal, me senti mal também. Você sempre soube que a última coisa que quero te fazer é isso. E nessa situação eu fiquei de pés e mãos atados, sem saber o que fazer. Se eu desse um movimento, você me diria que eu estava te pressionando. Se eu ficasse recluso, esperando uma resposta sua, você talvez pensasse que eu não estava tão disposto assim a investir em nosso relacionamento. Essa situação me matou. Minha ansiedade, que já não é pouca, aumentou consideravelmente nos últimos tempos. Ficava nervoso, olhava o celular toda hora, na esperança de ter recebido uma mensagem sua. Em vão, nunca tinha nada. Ficava frustrado, pensando numa solução que não te deixasse tão acuado e, ao mesmo tempo, mostrasse que eu estava ali, disposto e cheio de vontade de construir mais uma etapa juntos. Porém, percebi que você não estava tão animado. Ao invés de usar o seu coração, me enchia de esperanças. Me deixou cair em um mundo de sonhos. Vivi em meus pensamentos nosso futuro juntos e felizes. Mas suas atitudes não compartilhavam daquelas esperança ditas. Me senti preso em um joguinho, no qual o ganhador era aquele que procurasse o outro por último. E nesse jogo, eu perdi. Você brincou com meus sentimentos. Logo você, em que eu depositava tanta confiança e acreditava ser o amor da minha vida. Será mesmo que era necessário você me dizer que me procurava e sumir? Eu sei que a sinceridade dói, mas é melhor sentir uma dor lancinante de uma vez do que pequenas doses durante muito tempo. Torço para que essa decepção me faça esquecer logo. Parei de me culpar, percebi que o sucesso do relacionamento depende de dois. E não de um só. Não adianta nada só eu mudar e estar disposto a fazer mundos para que a relação dê certo. Você também precisa mudar. Agora me lembro de todos os motivos que me fizeram querer terminar com você. E muitos deles continuam ali. Ainda dá tempo de você repensar todas essas atitudes e tentar dar uma chance pra nós. Resta saber se você acha que ainda vale a pena. Porque, agora, eu vou realmente me empenhar em seguir com a minha vida, com ou sem você.

domingo, 5 de julho de 2015

Not like the movies

Mais uma vez, como em todas as últimas semanas, venho aqui e começo a falar coisa sem sentido. Sem sentido pra quem lê, se é que alguém lê isso aqui. Não me importo com isso, afinal, faço isso justamente por mim mesmo. Penso que escrevendo eu posso jogar pra fora tudo que estou sentido e ficar bem. Funciona como uma espécie de terapia. Se tem me ajudado, eu não sei. Penso que sim. Acho que desse jeito eu passo a me conhecer melhor, a me despir da armadura que eu mesmo criei para enfim conseguir me aceitar como sou. E melhorar em meus defeitos. E isso é uma tarefa difícil pra mim, já que não aceito erros e tento seguir as regras como elas são. Quem sabe fugir um pouco dessas leis não me tornariam uma pessoa melhor? Ser menos certinho e rígido com tudo? O que eu precisava era justamente isso. Me arrisco pouco. E, quando arrisco, fico sempre com medo de me frustrar. Afinal, pra que sair da zona de conforto, não é mesmo? Se uma vida toda programada é tão melhor e mais confortável. Sempre tive esse pensamento. Fazer e cumprir as regras. Isso ditava todos os meus passos. Hoje penso que eu poderia ter sido mais louco, ter feito coisas que sempre julguei erradas. Agora sinto que é tarde demais. Sinto que já passei da idade, que estou velho pra isso. Quando mandei a carta pra você idealizei tanta coisa na minha cabeça. Pensei que você voltaria a conversar comigo, que apostaria em nós de novo. Pensei que aceitaria meu convite. Pensei que, pelo menos, nossa velha amizade que sinto tanta falta, poderia caminhar pra um retorno. Pensei em até uma negativa, mas com uma justificativa. Eu entenderia. Só não pensei que ficaria em silêncio. Eu e minha velha mania de planejar tudo. E de me frustrar quando as coisas saem do meu controle. E fiquei muito. Fiquei chateado, realmente não esperava isso. Criei milhões de teorias na minha cabeça. Talvez teria sido melhor nem te mandar a carta. Deixar isso pra lá e tentar seguir a vida. Só que dessa vez eu aceitei correr os riscos e arriscar, embora esperasse tudo, menos o silêncio.  Tudo que te falei era muito importante, precisava ser falado. Pelo menos tentei. Saí da minha zona de conforto. Pode sentir orgulho de mim, ok? Não te critico e nem te julgo pela sua atitude. Seu coração disse pra você fazer isso. E eu sempre te falei pra seguir o que o seu coração mandar. Mas agora eu quem vou tentar mandar no meu coração. Fiquei triste e chateado sim, mas realmente não sei o que eu faria se estivesse na sua pele. Te coloquei numa enrascada, né? Venho aqui, pela última vez, pra falar sobre você. Preciso seguir com a minha vida, me valorizar mais. Dedicar àquilo que eu gosto. Quem sabe até mesmo testar os meus próprios limites e fugir um pouco das regras? Me dói não ter você mais como meu companheiro, meu para-quedas. Mas nesse momento, eu preciso dizer adeus, de uma vez por todas. Algo que eu já deveria ter feito há algum tempo, eu sei. Mas precisava acontecer algo assim pra eu finalmente ter um impulso de mudança. Obrigado, nunca vou conseguir expressar toda minha gratidão por você. Te vejo por aí :)

domingo, 28 de junho de 2015

Carta

A uma hora dessas você já deve ter recebido a carta. Minha esperança era de que você lesse, relesse, não parasse de pensar naquilo tudo que escrevi pra você. Saiba que tudo foi escrito de coração e como ele próprio mandou. Às vezes as palavras podem ter saído meio desconexas, meio sem sentido, mas escrevi tudo bem pensado. Afinal, elas estão completamente formadas na minha cabeça. Nunca estive tão certo do que eu quero. E olha que nunca fui uma pessoa muito decidida. Mas acho que, assim como eu, você também tomou sua decisão. Depois desse silêncio todo, eu percebo o que está acontecendo. Quer me evitar, ou não aceita essas coisas que te escrevo. Está com outra pessoa. Não pensa em mim como antes... São tantas coisas que passam pela minha cabeça. Eu sei dentro de mim que nunca vou saber ao certo o que está acontecendo com você. Mas quem sabe não é melhor assim? É difícil acreditar, mas estou moldando minha cabeça para que, enfim, eu consiga a paz que tanto procuro. Esse silêncio me faz ver que essa paz, que antes eu acreditava estar exclusivamente em você, pode estar em mim. E que só eu posso me tirar dessa situação. Ainda espero por você e sei que ainda vou esperar por um bom tempo, saiba disso. Mas eu vou sair disso sozinho, mais forte e melhor. Obrigado por tudo.

domingo, 14 de junho de 2015

Herói

Essa semana foi uma prova de sobrevivência pra mim. E não sei bem ao certo se eu consegui passar por ela com sucesso ou não. Aliás, já tem algum tempo que eu perdi a vontade de ter sucesso em alguma coisa na minha vida. Coisa que eu sempre valorizei desde o dia que nasci. Ultimamente tenho ficado totalmente sem vontade de fazer qualquer coisa. Logo eu que sempre adorei planejar minuciosamente todos os meus momentos ociosos. Logo eu que na segunda já estava pensando no que fazer no fim de semana seguinte. A questão é que estou sem algum motivo para seguir, para sonhar. Era também tão sonhador há não tanto tempo atrás... Hoje estou aqui, só vivendo minha vida, sem esperanças de um futuro brilhante e também novo. Uma realidade diferente, uma vida diferente, pessoas diferentes, lugares diferentes, um começar de novo. Antes essa ideia me parecia tão fácil, tão próxima. Hoje, a cada dia que passa, ela se torna tão distante, tão longe de mim. Nem sei por onde começar. Antes parecia que eu era mais sonhador e que assim eu poderia fazer tudo o que eu bem quisesse. Não sei se foi o tempo, não sei se foram os últimos acontecimentos da minha vida, não sei realmente que se passou. Acredito que foi um conjunto disso tudo que me tornou mais cético quanto a um futuro brilhante e... novo. Me parece que eu não estou destinado a isso, embora, no fundo de mim, eu sinta que isso só depende de mim. Mas me falta um impulso, algo que me veja começar. Estou apático, passivo. Esperando o tempo e, consequentemente, perdendo tempo. Perdendo o tempo em que eu poderia estar conhecendo algo novo, algo que, enfim, encha meus olhos de brilho novamente. Algo que eu tenha realmente empolgação, que eu faça e viva com vontade. Como eu volto no passado e consigo essa vontade de novo? Queria tanto minha vida com mais aventuras, com mais coisas novas, com vida. Acho que está me faltando mesmo um pouco de amor próprio, estou me boicotando tanto. Sei que isso tudo não está fazendo bem pra mim, mas não sei como parar. Tenho que parar de me machucar e buscar o que de fato é melhor. Parar de me apegar a coisas que não me fazem bem e finalmente buscar algo que me faça uma pessoa melhor. Algo que eu tenha genuinamente vontade de fazer, um desafio, uma aventura! Um pulo da minha zona de conforto, arriscar mesmo. Talvez pra isso eu tenha que me desvincular de atitudes que tanto me apeguei nesses últimos tempos. Me reservar e planejar o que realmente será bom pra mim e... quem sabe, começar uma nova aventura?