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domingo, 28 de junho de 2015

Carta

A uma hora dessas você já deve ter recebido a carta. Minha esperança era de que você lesse, relesse, não parasse de pensar naquilo tudo que escrevi pra você. Saiba que tudo foi escrito de coração e como ele próprio mandou. Às vezes as palavras podem ter saído meio desconexas, meio sem sentido, mas escrevi tudo bem pensado. Afinal, elas estão completamente formadas na minha cabeça. Nunca estive tão certo do que eu quero. E olha que nunca fui uma pessoa muito decidida. Mas acho que, assim como eu, você também tomou sua decisão. Depois desse silêncio todo, eu percebo o que está acontecendo. Quer me evitar, ou não aceita essas coisas que te escrevo. Está com outra pessoa. Não pensa em mim como antes... São tantas coisas que passam pela minha cabeça. Eu sei dentro de mim que nunca vou saber ao certo o que está acontecendo com você. Mas quem sabe não é melhor assim? É difícil acreditar, mas estou moldando minha cabeça para que, enfim, eu consiga a paz que tanto procuro. Esse silêncio me faz ver que essa paz, que antes eu acreditava estar exclusivamente em você, pode estar em mim. E que só eu posso me tirar dessa situação. Ainda espero por você e sei que ainda vou esperar por um bom tempo, saiba disso. Mas eu vou sair disso sozinho, mais forte e melhor. Obrigado por tudo.

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