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quarta-feira, 9 de março de 2016

Um ano

Prometi que não ia voltar a pensar em você, escrever pra você, hesitar em falar com você... Mas definitivamente não consigo. Me forço, tento focar em outra coisa, em outras pessoas. Meu pensamento só fica em você e realmente não sei como tirar. Já tentei de tudo, desde ocupar meu dia com passeios, séries ou filmes. Mas todos os lugares, todas as cenas, todos os momentos me lembram de você. Até uma simples músicas me trazem recordações que não posso controlar. 
Chorar já passou a ser uma constante. Logo eu, que sempre me gabava nunca chorar, de ser forte. E logo por você, que era a pessoa com o coração mais mole que conheci. Sempre te criticava por chorar em quase todas nossas brigas. E, agora, vejam só. Sou eu quem choro em cada canto, no banheiro do trabalho, no caminho de casa, no banho. Já não tenho mais vergonha de chorar na frente de outras pessoas, não me importo sobre o que elas pensam. Agora é a minha vez de falar que já não tenho mais lágrimas pra chorar.
Você pode dizer que é carência, que estou sentindo falta dos meus amigos, da minha família, por isso estou assim tão emotivo. Mas estou sim, com saudades deles todos sim. Só que estou com saudades de você também, de tudo que a gente viveu, de tudo que a gente planejou viver, de todas as futuras viagens, das nossas batalhas Pokémon, da nossa casa (ou apartamento, como você queria) com a Cora e talvez com o Artur, dos meus filmes de animação, dos seus de terror e dos nossos de super heróis. A cada lembrança aleatória do ano de 2014 me lembro de você, do que talvez a gente pudesse estar fazendo naquela hora. Quem sabe comendo alguma coisa gorda? Ou quem sabe explorando um lugar novo? Ou até mesmo brigando, por que não? Afinal, por mais que a gente se amasse muito, brigávamos bastante também, eu sei que não sou fácil.
Queria te dizer que aprendi muito nesse um ano juntos e também nesse ano separados. Sempre me dizia para não me arrepender de algo que fiz. Mas não existe um dia sequer que não me arrependa daquele 8 de março de 2015. Como você mesmo disse, foi uma decisão definitiva, mas que não pensei nas consequências. Agora eu pago todos os dias por essa decisão mal pensada, ou até pela minha falta de paciência. Naquele dia eu perdi o amor da minha vida. 
Diferente de mim, eu sei que você está conseguindo seguir sua vida. Me dói o coração ver que outra pessoa está te fazendo tão (ou mais) feliz do que te fiz. Mas o que eu posso fazer? O que fazer? Não sei... Disseram que o tempo cura tudo, mas sua memória continua aqui, mais vívida que nunca, mesmo depois de um ano.