terça-feira, 19 de abril de 2011
Máscara
Escrevi ouvindo: "Libetad", do Christian Chávez com participação da Anahí
Tempinho sem escrever, hein?! Outro dia comecei um texto, mas aí chegou uma aula importante, que eu não me lembro qual -deve ser física- e acabei perdendo o papel. Bom, quando eu achar, termino, como se vocês não soubessem disso que falei. Vai marcar a atemporalidade.
Estive pensando de como a seriedade nos faz vestir máscaras para que a gente se adeque a ela. Seja por medo do preconceito, ou a partir de atitudes que tomamos, ou pela profissão que seguimos. Acho que todo mundo, sem tirar ninguém, veste essas máscaras. É uma pena, porque nosso mundo já é tão distinto quanto a etnias e sexualidades, que a diferença de opiniões e jeitos e costumes só nos vão fazer crescer mais. Triste que ninguém tem coragem que tirar essa fantasia. Tudo por receio de ser detonado pelo resto. Não tiro a minha culpa. Também visto muito disfarces, omito, e, muitas vezes, minto ou ignoro. Tudo isso pra me sentir parte integrante.
E quer saber? Mesmo fazendo isso tudo, acabo não me sentindo parte do todo. Por medo mesmo. Medo de não estar usando as máscaras adequadas, do jeitinho que a sociedade manda. Ou até pela própria sociedade. A gente esconde tanto, se faz tanto, que ela mesmo trata de nos rejeitar. Então, como fazer?
Não sei, já cansei de tentar entender esse mundo que a gente vive. Nós deixamos de fazer o que realmente gostamos para nos sentirmos acolhidos perante ao resto, mas o resultado: acabamos sendo ainda mais rejeitados. Parece que nos ignoram pelo simples fato de que vestimos essa armadura. E se a gente não vestisse?
Somos condicionados desde pequenos a saber como agradar as pessoas, não importando vai contra os nossos princípios. Com isso, ficamos com medo de nos apresentarmos do jeito que somos. Ficamos com medo de desapontar o outro, com medo de chocá-lo com nosso verdadeiro "eu". Só que não estamos aqui somente para agradar o outro. Estamos aqui, principalmente para nós mesmos. Temos, é claro, que preocupar com o outro também. Mas a vida é nossa. E nos escondendo, vamos acabar nos tornando infelizes. E o principal dessa vida, portanto, não é alcançado. O outro que trate de nos aceitar como somos. E nós temos o dever também de aceitá-los, ou melhor, de nos aceitarmos mutuamente.
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Falou tudo, Fipi! Me revolto demais em ter que usar essas máscaras! Ser mulher na sociedade te obriga muito a fazer isso! Essa obrigação de gostar de 'coisas de mulher' e não poder gostar de 'coisas de homem' como futebol e rock... Isso oprime demais a gente! Eu tento tirar essas máscaras ao máximo, mas tem horas que por medo de rejeição acabo me encobrindo mais ainda por elas.
ResponderExcluirMas é isso... vamos tirar a máscara e buscar nossa "libertad"! :D