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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Digital Monsters

Escrevi ouvindo: "Fugindo de Mim", do Wilson Sideral
Aula de redação. Nada mais justo que escrever, né? Mas acho tão chato esses temas que nos obrigam a dissertar sobre. Aliás, odeio dissertação. Odeio ficar me escondendo, expondo minha opinião, mas não mostrando minha cara. Sou muito mais um artigo de opinião ou uma crônica. Até acho que o que escrevo aqui pode ser considerado uma crônica. Crônica de um quase adulto aprendendo a viver. Ou é um gênero novo que não inventaram ainda. Quer dizer, mentira, já inventaram sim, só tô moldando ele ao meu jeitinho.
Jeitinho esse que me leva a cada lugar! Não sei onde eu vou parar. Porque se eu escrevo muito, acho que mostrei demais minha vida. Quando escrevo pouco, já fico com vontade de escrever de novo, porque penso que não cheguei no meu objetivo. E é isso.
Colocar boa parte da sua vida, ou uma parte importante, na Internet é algo muito arriscado. Não só através de blog. Por qualquer rede social... Ou por algum site acadêmico... sei lá. Você acaba vivendo mais a sua vida virtual do que a real. Fica dependente disso. Já quer saber se alguém veio falar com você ou colocou uma foto nova. Isso tudo poderia ser feito pessoalmente, mas a praticidade da Internet não nos deixam estabelecer essas relações de carne e osso. E cada vez mais aparecem novidades na rede. Novidades que nos prendem mais e mais. No fim de tudo, passamos uma boa parte de nossos dias na frente do computador. Tempo esse que muitas vezes a gente não tem disponível. Assim, sacrificamos uma parcela do intervalo que possuímos para passar mais tempo com o computador. Trocamos a convivência com o outro "real" pela convivência com uma máquina.
E de tão íntimos que estamos dela, já temos até amigos que moram longe. No Acre ou em outro país. E até nossos amigos reais estão se tornando virtuais. A falta de tempo é a grande culpada. Mas, se gastamos tanto tempo na Internet, por que não o utilizamos com encontros pessoais? É. Mais uma vez. Está comprovada aí a comodidade da Internet. Os amigos virtuais ou os reais virtuais compartilham tudo pelo twitter ou facebook e não ligam mais, não se vêem... Daí você passa a viver mais a sua vida na rede do que a sua vida de corpo. Você se transforma num vírus, num programa de computador.
Isso tudo se deve ao tanto de problemas que sentimos em nosso dia-a-dia. E tudo isso some quando estamos na Internet. Lá, nós podemos escolher o que fazer, as pessoas que iremos nos relacionar. Assim, tendemos a esquecer os problemas. Mas, tudo isso muda quando você aposta todas as suas fichas nela. A vida virtual vai se tornando tão parecida com a real que os problemas se tornam os mesmos. Tem gente que arruma namorado online, se decepciona. Ou há quem queira transportar aquilo que aprendeu com o computador para a vida real. E até quem fantasia muito sobre o mundo real. Nada disso dá certo. Porque, imagina, se uma vida já é difícil de se levar, imagine duas? Confesso que sou viciado, mas estou tentando mudar. Viver minha vida real em paz, ou virar de vez um digimon e entrar pro mundo dos bites.

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