Escrevi ouvindo "Rotina", da Thaeme Mariôto
Eu aqui mais uma vez na aula. Escrevendo sobre a vida. Não necessariamente da minha vida. Procuro juntar minhas experiências, colocando um pouco de dramaticidade, com coisas que imagino ou ouço por aí. Ou seja, meu texto não é totalmente biográfico. Talvez seja um roteiro que eu desejasse seguir na minha vida. Mas como nada do que planejo se concretiza, esse roteiro todo vai por água a baixo. Melhor, acho que não iria aguentar essa vida toda certinha, estabilizada. A confusão reina em mim.
Não sei, mas talvez eu iria gostar de ter uma vida monótona, sem grandes surpresas. Essas surpresas que acabam com nossos desejos, ou os alimentam ainda mais. Se a gente fosse condicionado à rotina, sem dúvida sofreríamos menos. Não iríamos nos decepcionar com as pessoas. Não teríamos novidades, estaríamos atrelados à realidade. E, quem sabe, seríamos mais felizes assim. Porque essas surpresas, essas fugas de rotina é que nos fazem sofrer. Então, se seguirmos uma meta, não saindo do caminho estabelecido, estaríamos construindo uma vida teoricamente mais feliz e sem preocupação.
Teoricamente. Pois a vida não é assim. Infelizmente. Ou felizmente. A monotonia iria nos matar antes do sofrimento. Ou melhor, a monotonia iria nos causar um sofrimento tamanho. Maior do que a gente já sofre nessa vida de altos e baixos.
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