Ela, por sua vez, também não estava totalmente confiante no relacionamento. As brigas frequentes a abalavam. Mas, sobretudo, os momentos de indiferença que o parceiro tinha. Ela sempre buscava expressar o quanto estava gostando daqueles momentos em que passavam juntos. Mas ele raramente falava algo. Assim ficava difícil de a menina saber o que estava realmente se passando na cabeça dele. E só falar, falar, falar, cansava! Mas ela nunca deixava de elogiar o momento e de enfatizar o quanto estava gostando, na esperança de que ele falasse um simples “Eu também!”. Não que não estivesse passando por um momento muito especial na sua vida. Estava adorando ficar com ele, conhecer uma pessoa nova, conhecer uma nova realidade totalmente diferente da dela. Todos os elogios vinham de dentro, nenhum era forçado ou falado da boca pra fora. Ela até tentava esconder, mas sua felicidade era tamanha que ela não conseguia. Sua vontade era sair contando para o mundo todo que estava gostando muito dele. Mas, sabendo que isso era difícil, contava só para o próprio. Mas tinha decidido em ficar quieta, não falaria nada mais. Passaria fita adesiva se pudesse. Se não atrapalhasse nos beijos quentes que sempre tinham... Só que isso não tirava a eterna dúvida da garota: “Será que ele está mesmo interessado em mim ou será que só quer se divertir comigo?”. E ela não tinha um bom histórico em casos amorosos. Grande parte das pessoas em que ela se envolveu largou dela quando a situação estava sinalizando para ficar séria. Assim, foi forçada a criar certa barreira para casos amorosos. Suas amigas diziam que ela era alérgica ao amor, e ela, às vezes, concordava com tal adjetivo. Mas com ele não, ela não tinha medo de se entregar, de apostar. Sabia que essa era uma atitude arriscada, uma vez que se ela se decepcionasse, sua queda seria maior ainda. Mas não tinha medo de altura. Queria investir, pagar pra ver. Estava muito interessada naquele mundo novo, um mundo em que nunca estivera antes, um mundo em que a vontade de cantar e dançar no meio da rua vem do nada, em que o sorriso é peça presente todos os dias em seu figurino. Mas ainda necessitava de saber se aquilo tudo que sentia era correspondido. Queria saber se ela partilhava aqueles mesmos sentimentos com ele. Isso ainda deixava a garota vestida com uma armadura, com medo de que com esse, que ela acreditava que fosse diferente dos outros, se mostrasse o pior de todos que ela já havia se envolvido.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Elela
Ela, por sua vez, também não estava totalmente confiante no relacionamento. As brigas frequentes a abalavam. Mas, sobretudo, os momentos de indiferença que o parceiro tinha. Ela sempre buscava expressar o quanto estava gostando daqueles momentos em que passavam juntos. Mas ele raramente falava algo. Assim ficava difícil de a menina saber o que estava realmente se passando na cabeça dele. E só falar, falar, falar, cansava! Mas ela nunca deixava de elogiar o momento e de enfatizar o quanto estava gostando, na esperança de que ele falasse um simples “Eu também!”. Não que não estivesse passando por um momento muito especial na sua vida. Estava adorando ficar com ele, conhecer uma pessoa nova, conhecer uma nova realidade totalmente diferente da dela. Todos os elogios vinham de dentro, nenhum era forçado ou falado da boca pra fora. Ela até tentava esconder, mas sua felicidade era tamanha que ela não conseguia. Sua vontade era sair contando para o mundo todo que estava gostando muito dele. Mas, sabendo que isso era difícil, contava só para o próprio. Mas tinha decidido em ficar quieta, não falaria nada mais. Passaria fita adesiva se pudesse. Se não atrapalhasse nos beijos quentes que sempre tinham... Só que isso não tirava a eterna dúvida da garota: “Será que ele está mesmo interessado em mim ou será que só quer se divertir comigo?”. E ela não tinha um bom histórico em casos amorosos. Grande parte das pessoas em que ela se envolveu largou dela quando a situação estava sinalizando para ficar séria. Assim, foi forçada a criar certa barreira para casos amorosos. Suas amigas diziam que ela era alérgica ao amor, e ela, às vezes, concordava com tal adjetivo. Mas com ele não, ela não tinha medo de se entregar, de apostar. Sabia que essa era uma atitude arriscada, uma vez que se ela se decepcionasse, sua queda seria maior ainda. Mas não tinha medo de altura. Queria investir, pagar pra ver. Estava muito interessada naquele mundo novo, um mundo em que nunca estivera antes, um mundo em que a vontade de cantar e dançar no meio da rua vem do nada, em que o sorriso é peça presente todos os dias em seu figurino. Mas ainda necessitava de saber se aquilo tudo que sentia era correspondido. Queria saber se ela partilhava aqueles mesmos sentimentos com ele. Isso ainda deixava a garota vestida com uma armadura, com medo de que com esse, que ela acreditava que fosse diferente dos outros, se mostrasse o pior de todos que ela já havia se envolvido.
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