sábado, 19 de novembro de 2011
Sentimento, pra que?
Agora é o momento certeiro. Chegou ao ponto. Aquele ponto decisivo. Aquele chave. Será que vale a pena investir, mesmo sabendo que a minha cara vai ser quebrada logo em seguida, como sempre? Por que será que eu sempre me imagino numa relação, desde a primeira vez? Qual a minha dificuldade em deixar as coisas caminhar por elas mesmas? Sou muito afobado, quero tudo pra hora, sou pós-moderno, enfim. Mas como fazer se eu sou assim, se não sei deixar o tempo pensar e, enquanto isso, deixar a minha vida passar? Quantas dúvidas. Tudo o que eu queria é não ter sentimentos. Eles sempre acabam nos traindo. Queria ter nascido bem no começo da modernidade, onde todos colocavam a razão sobre o sentir. Queria não me relacionar com as pessoas, assim, não me decepcionaria com elas. Ou não me decepcionaria comigo. Ou não deixaria que meus sentimentos me fizessem acreditar em certas coisas que de fato não existem. Coisas que, imaginando, idealizando, pegando outro sentido, cheguei á conclusão. Sem ao menos duvidar, questionar. Quanta falta de atitude! Será que um dia vou aprender?
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