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domingo, 13 de novembro de 2011

Que vida, a minha

Como eu posso ser tão idiota assim? Já cantei "Já Foi". Já me desliguei. Ou tentei. Já parei de correr atrás. Já deixei de ser criança. Já tentei me tornar frio e não demonstrar sentimentos. Nisso falhei. Já me propus ser outra pessoa que não sou. Não consegui. Sempre acabo na mesma, sempre stuck on repeat. Sempre. Não tem nenhum momento na minha vida em que não me sinta assim. Sempre faço as coisas, tento mudar. Mas parece que isso tudo de nada adianta. Sempre acabo fazendo as mesmas coisas, cometendo os mesmos erros. Voltando naquilo que prometi pra mim mesmo que nunca mais faria. O que acontece quando a gente descumpre a promessa que nós mesmos fizemos? Será que nem a auto punição serve para amenizar esse sentimento de "opa, fiz merda, de novo!"? Não, certeza que não. Não aprendo.
Se isso fosse uma escola, tinha repetido nessa matéria inúmeras vezes, seja com professores diferente ou os mesmos. Mas todos com a mesma características, me forçando a aprender as regras do estudo. E eu, sempre aquele aluno rebelde, se relutando em tentar entender aquilo tudo. Ou fingindo que aprendia aquele tudo. Pra na hora da prova, errar tudo e tirar um feio e enorme zero. E mesmo com as inúmeras repetições e bombas, eu   não gosto. Parece que eu gosto de jogar algo fora, no caso meus sentimentos. Que são alimentados durante as aulas. Só crescem e pra no final, serem jogados no lixo como um papel de bala. O que tenho que fazer? Mudar de escola? Fugir do problema? Não! Exijo encarar ele de frente.
Mas como, vestir uma armadura e ser mais alérgico ao amor? Ou deixar que façam sempre isso comigo e não me importar mais? Mas esse não é meu jeitinho! Aprendi que não posso mudar pra agradar os outros. E é questão de poder, sim! Eu estaria lutando contra aquilo tudo que sou a favor. Contra a liberdade de expressão, contra a diversidade! Contra um mundo sem máscaras! Não, não, não sou desses. Então, o que fazer? Mudar minha postura, não minha essência. Tentar me envolver menos parece uma boa saída. Tentar acreditar menos nas pessoas também. E, sobretudo, ter mais confiança em mim. Parece difícil, mas dessa vez vou tentar fazer a lição de casa do jeito que ela sempre teve que ser feita. Tentar, tentar, até passar, sem recuperação. Será que consigo?

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