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domingo, 14 de junho de 2015

Herói

Essa semana foi uma prova de sobrevivência pra mim. E não sei bem ao certo se eu consegui passar por ela com sucesso ou não. Aliás, já tem algum tempo que eu perdi a vontade de ter sucesso em alguma coisa na minha vida. Coisa que eu sempre valorizei desde o dia que nasci. Ultimamente tenho ficado totalmente sem vontade de fazer qualquer coisa. Logo eu que sempre adorei planejar minuciosamente todos os meus momentos ociosos. Logo eu que na segunda já estava pensando no que fazer no fim de semana seguinte. A questão é que estou sem algum motivo para seguir, para sonhar. Era também tão sonhador há não tanto tempo atrás... Hoje estou aqui, só vivendo minha vida, sem esperanças de um futuro brilhante e também novo. Uma realidade diferente, uma vida diferente, pessoas diferentes, lugares diferentes, um começar de novo. Antes essa ideia me parecia tão fácil, tão próxima. Hoje, a cada dia que passa, ela se torna tão distante, tão longe de mim. Nem sei por onde começar. Antes parecia que eu era mais sonhador e que assim eu poderia fazer tudo o que eu bem quisesse. Não sei se foi o tempo, não sei se foram os últimos acontecimentos da minha vida, não sei realmente que se passou. Acredito que foi um conjunto disso tudo que me tornou mais cético quanto a um futuro brilhante e... novo. Me parece que eu não estou destinado a isso, embora, no fundo de mim, eu sinta que isso só depende de mim. Mas me falta um impulso, algo que me veja começar. Estou apático, passivo. Esperando o tempo e, consequentemente, perdendo tempo. Perdendo o tempo em que eu poderia estar conhecendo algo novo, algo que, enfim, encha meus olhos de brilho novamente. Algo que eu tenha realmente empolgação, que eu faça e viva com vontade. Como eu volto no passado e consigo essa vontade de novo? Queria tanto minha vida com mais aventuras, com mais coisas novas, com vida. Acho que está me faltando mesmo um pouco de amor próprio, estou me boicotando tanto. Sei que isso tudo não está fazendo bem pra mim, mas não sei como parar. Tenho que parar de me machucar e buscar o que de fato é melhor. Parar de me apegar a coisas que não me fazem bem e finalmente buscar algo que me faça uma pessoa melhor. Algo que eu tenha genuinamente vontade de fazer, um desafio, uma aventura! Um pulo da minha zona de conforto, arriscar mesmo. Talvez pra isso eu tenha que me desvincular de atitudes que tanto me apeguei nesses últimos tempos. Me reservar e planejar o que realmente será bom pra mim e... quem sabe, começar uma nova aventura?

domingo, 7 de junho de 2015

How to save a life

Sempre que me sinto sozinho, começo a pensar em você. Daí venho pra cá. De alguma forma acho que algum dia você vai lembrar da existência disso aqui, vai ler tudo que escrevo pensando só em você e vai dar algum sinal de vida. Um sinal de que você está ok e que eu posso seguir minha vida bem. Ou pelo menos tentar ser feliz sem você. Um sinal de que você está conseguindo viver a vida bem e sem mim, diferentemente do que estou sentindo nesse momento. Hoje eu vejo tantas coisas que eu poderia ter feito pra tudo ser diferente. Pra gente não ter acabado desse jeito. Eu te destruí e percebi isso tarde demais. Te privei de tantas coisas que você gostava de fazer, fui exatamente o contrário de que queria. Te machuquei tantas vezes por tão pouco. Eu sei que isso agora não faz a mínima diferença, pois acho que as chances de ficarmos juntos são quase negativas. Eu sei que por mais que eu peça desculpas pra você, nada vai apagar tudo aquilo que eu te fiz. Sempre te disse que pedir desculpas é uma coisa tão vazia, que, na verdade, eu queria ver mudanças. Agora, tenho certeza que é muito tarde para eu tomar algumas mudanças. E, ainda por cima, esses pedidos de desculpas que nem valem de nada, porque são tão fraco que não consigo te dizer tudo isso pessoalmente. Vontade de fazer isso não falta. Mas tenho tanto medo de como você pode me receber. Tenho vergonha. Até um pouco de orgulho, que sei que preciso vencer e pode ficar tranquilo que estou trabalhando nisso. Acho que enquanto eu não falar tudo isso que sinto pra você eu não vou ficar bem. Essa angústia que eu sinto está me fazendo tão mal. Não tenho tanta vontade de fazer muita coisa e, por mais que eu tente, as poucas coisas que faço não têm aquele gosto especial de quando eram feitas com você. Parece sempre que fica faltando alguma coisa. E, de fato, está: você. Mas tenho que internalizar que sempre vai faltar você e aprender a lidar com isso. Preciso lidar com tanta coisa e só consigo pensar nisso. Por que teve que ser assim? Eu sempre fui um péssimo namorado e nunca me dei conta. Agora eu percebo que nunca fui totalmente verdadeiro com você. Você sempre me dizia isso, mas eu teimava em não acreditar. Você estava certo esse tempo todo. E eu te subestimava sempre. Te privei de tantas coisas que você gostava. Mas nunca foi minha intenção. Eu só queria te fazer feliz. Ainda quero, de uma maneira ou de outra. E espero que você esteja feliz, de um jeito que nunca te fiz e que valorize esse seu momento, pra não se arrepender depois que perder. E deixar de viver esses momentos mágicos com a pessoa que você mais ama de todas.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

True love

Ontem eu percebi que ainda não te superei. Aliás, estou bem longe disso. Realmente pensei que seria mais fácil, que em menos de um mês estaria bem. Mas sempre quando vejo uma foto sua, ou que alguém fala seu nome, lembro de você. Na verdade, queria que fosse só nesses momentos. A dor no meu coração seria bem menor. Em todos lugares que vou lembro de um caso, de um momento ou até mesmo da sua figura. Fico pensando o que você estaria fazendo naquele momento, com quem estaria, se eu te reprovaria (bem provável que sim, né?). Já tentei de tudo pra tirar você de mim. Ocupar meu tempo fazendo outras coisas, estudando, trabalhando, dormindo, vendo série ou até mesmo fazendo coisas que não gostava antes - e continuo não gostando. Mas nada disso tem adiantado muito. Sempre quando me deparo pensando em algo fixamente, é em você que eu penso. Queria tanto saber da sua vida, como você está, até mesmo, com quem você está se relacionando. Afinal, você começou como meu amigo e eu sempre vou me interessar sobre sua vida. Quem sabe, sabendo disso, vou conseguir tirar sua imagem como namorado de mim? E, enfim, te esquecer de verdade? Talvez isso só me faça sofrer ainda mais, mas é o preço a se pagar. Estou ficando sem saídas e tentando desesperadamente tirar você da minha cabeça. Me engano muito, falando que estou completamente superado, mas já sei que isso não vai ser possível por enquanto. Tento me relacionar com outras pessoas, mas nenhuma me traz de volta aquela vontade de ficar junto, de partilhar tudo que aconteceu no meu dia. Eu não tenho vontade de fazer isso e qualquer pessoa que fuja um pouco sequer do que você era, eu já dispenso. Acho que você me acostumou muito mal, sabe? Me acostumei a ter você sempre comigo, me apoiando, me escutando e até sendo meu saco de pancadas. Acho que eu não soube te valorizar como você deveria e como só valorizamos quando perdemos, percebi tarde de mais. Na verdade, quando você foi, eu já me arrependi, mas você tem todas as razões pra não me querer de volta. Nem sei se seria diferente e você nem eu merecemos passar por tudo aquilo de novo. Espero que você esteja bem, que tenha percebido que você não precisa de mim pra ser feliz e que esteja lidando bem com essa situação. Eu vou continuar tentando achar um caminho para mim, um dia eu sei que vou conseguir. Enquanto isso, me desculpe, mas vou continuar te evitando e fugindo de você quando está no mesmo lugar que eu. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Agenda

Como em um fim de semana as coisas podem mudar tanto? Aliás, como em um segundo tudo o que parecia estar bem, desmorona sob nossos olhos? Voltar para essa vida de indecisões foi uma manobra arriscada. Logo eu, que sempre prezei pela organização metódica de todos os meus passos. Sempre tive um roteiro. Um roteiro que eu tentava seguir da minha maneira. Quando ele não funcionava do jeito que esperava, me desestabilizava. Tentava definir tudo, o que iria fazer no fim de semana, o que iria comer no jantar do dia seguinte, quando estudaria cada parte da matéria para a prova... Tudo isso com uma antecedência bastante grande. Sempre tentava pensar sobre variáveis que poderiam estragar os meus planos, mas fato é que nunca estava bem pronto para imprevistos. Não estava e não estou. Ainda me sinto rígido demais, sobretudo comigo. Sempre tive a vontade de manter a minha vida mais leve, sem cobranças, sem pressão, sem limites. Mas não consigo. Sempre que tento, vem algo e me puxa para a organização. No meio de todas essas indefinições que vivo nesse momento, busco incessantemente por um caminho, uma direção, uma receita para, finalmente, voltar ao meu rumo. Mas será mesmo isso o mais certo a se fazer? Como deixar de ser tão rígido e planejar demais? Viver uma vida com surpresas não seria um ótimo caminho?

domingo, 22 de março de 2015

Bússola

É, eu pensei que ia superar muito mais fácil. Algumas horas depois já estaria bem e disposto a começar a tal nova vida. Pensei que, num passe de mágica, todas as coisas que vivemos e planejamos viver sumiriam. Minha cabeça ficaria vazia, sem nenhuma lembrança desse momento único. Estava errado. E me dói admitir isso. Me dói pensar que seria mais fácil passar por todos esses momentos inesquecíveis como se eles fossem sem significado nenhum. E te peço desculpas, apesar de ter de viver com minha culpa eterna. Queria tanto poder e ter a coragem de falar isso tudo pessoalmente pra você... mas eu sei que não vai adiantar. Eu sei que você está muito melhor agora. Saindo com seus amigos, se divertindo, bebendo. Coisas que você mal fazia comigo, eu me sinto até um pouco culpado por isso. Acho que eu podava muita coisa que você valorizava. Quem sabe esse término foi melhor pra você? Tenho sérios sentimentos de que talvez essa possa não ter sido uma decisão sensata da minha parte. Mas aí me deparo com suas fotos e postagens e daí penso que ela foi sim boa pra você. Queria eu ter percebido tudo isso antes e tentado mudar algumas coisas antes que tivesse final.
Bem, eu precisava escrever isso, não por você, mas pra mim. Eu preciso de um conforto, de um caminho. Estou desnorteado, minha vida está uma bagunça. Queria que você fosse esse guia pra mim. Mas eu sei que eu não devo, que a decisão já está tomada. E que eu tenho que seguir esse caminho sozinho. Eu devo encontrar sozinho. 

sábado, 5 de julho de 2014

X e Y


A questão é que preciso passar a preocupar mais comigo. Fazer mais as coisas que eu gosto, quero e tenho prazer. Não me importar muito, talvez, em você ou se você iria achar.  Lógico, você sabe que eu sou certo, nunca faria algo pra te machucar. Mas se eu não fizer desse jeito, sou eu quem vou me machucar. Aliás, já estou me machucando com isso. Todas aquelas vezes que eu fico chateado sem motivo aparente é nisso que estou pensando. Gosto muito de você, te amo, de verdade. Mas eu não posso ficar esquecendo que eu ainda sou eu. Isso tudo tá me segurando muito, às vezes não faço alguma coisa justamente pelo medo de você não gostar ou não me aprovar na atitude. Eu só queria ter a minha individualidade, não queria ser mais o X namorado do Y. Queria ser o X, que dentre outras coisas, namora o Y, além de gostar de azul, de televisão e ir ao cinema. Não tiro minha parcela de culpa nisso. Sei que devia me impor mais, falar mais minha opinião, mas, sei lá, fico com medo de você achar ruim. Só que isso me frustra muito. Às vezes, penso você viria com uma surpresa, de fazermos alguma coisa que eu gosto ou sei lá, de você perceber tudo que está acontecendo. Mas outro erro meu é pensar que você pensaria desse jeito, do meu jeito. Ninguém pensa do mesmo jeito e eu acho que esse é um dos motivos que estou ficando mais chateado ultimamente. Tento não esperar nada de ninguém, principalmente de você, mas isso é meio impossível num relacionamento. Deposito muita coisa em você e talvez você não traz o que eu espero de volta pra mim. Eu não quero te fazer sofrer, mas também não quero minhas expectativas sejam jogadas ao vento. Realmente não sei...

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Anel



Finalmente hoje fui ver tudo o que me devolveu depois que terminamos. No meio de tanta coisa inútil, que eu nem sentia falta, um anel. Um anel de plástico vermelho. Um anel daqueles que se dão pra meninas de cinco anos sonham em ser princesas, um dia. E junto desse anel, um papelzinho escrito "Obrigado por tudo!". Fiquei sem reação. Já se passou tanto tempo desde que terminamos e só agora, quando penso que tá tudo pelo menos mais ou menos bem comigo, vejo isso. Não esperava. Até mesmo porque mandei se afastar de mim. E, me conhecendo sei que não falei isso de um modo gentil. Mas você vai lá e me desobedece. Justo quando eu penso que já estou bem e pronto pra outra. Esse anel de plástico vagabundo só me fez recordar de que ainda não me esqueci de você e isso ainda vai demorar pra acontecer. Que outras surpresas você tramou pra mim? Será que você faz isso só pra me manter sob seu domínio? Pra ter certeza de que ainda penso em você em boa parte do meu dia? Mas tenho certeza que não. Pelo tanto que conheço de você e por tudo que vivemos eu sei que você não seria capaz disso. Talvez a culpa seja até minha. Culpa de sempre procurar em cada canto do meu quarto ou em cada situação algo, que seja pequeno, que me lembre de você. Culpa de não conseguir tirar você da cabeça mesmo com mil outras pessoas aos seus pés. De você ainda ser o único que quero. Ou de você ser o único que eu tento não querer, por todo esse sofrimento. E deve ser por isso, pelo fato de que eu não posso te ter de novo, que a cada dia te quero mais e mais. Queria ter pelo menos a coragem de poder te falar isso agora, cara a cara. Mas sei que assim eu só me sentiria pior. O que me resta é esperar o tempo curar e apagar de vez sua triste e feliz memória da minha cabeça.