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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gritos no silêncio



Pensei por horas, levantei, abri a janela e gritei bem alto. Sempre guardo tudo que acontece comigo. Não consigo me abrir, me livrar dos meus problemas. Não que isso faça bem pra mim. O grito só serve para aliviar a minha dor. Nunca sofri tanto por uma pessoa quanto agora. Será que tudo que fiz foi em vão? Largar minha vida encaminhada, meu emprego, tudo! Só pra você! E parece que isso não valeu de nada. Agora passo meus dias nesse quarto, já não tenho mais televisão, muito menos internet, sem contato com o mundo... E, o pior, sem sua presença! Sofri tanto durante esses anos, sempre calada. Mas acho que me acostumei com essa situação. Tudo o que eu não queria era te magoar. Aceitava tudo o que me falava, me contava, me iludia. E tudo isso por amor! Fiz isso tudo porque te amei muito! Ainda amo... E de que valeu? Encontrar você com outra na nossa própria cama? Guardei tudo pra mim durante esses anos todos. E só ilusão! Tudo o que eu vivi durante minha vida toda mal passou de um conto. Um conto de fadas que sempre idealizei na minha cabeça e que tentei ao máximo transformá-lo em realidade. Mas tudo não passou de uma história de terror...
Agora estou aqui, sem vontade de fazer qualquer coisa. Sem família, sem amigos... Renunciei a minha vida pra ficar com você! Larguei, briguei com todos... Só por sua causa! Só porque você não ia com a cara deles. Mas, afinal, com a cara de quem você vai, não é mesmo? Acho que nem a sua! Acho que você faz isso tudo só para ter uma alegria. Nunca conseguiu nada sozinho. Sempre eu estava ao seu lado, expondo suas qualidades. Qualidades que eu pensava que você tinha.  E é isso que eu recebo. Hoje vejo que todas elas eram fruto da minha mente apaixonada. Será que um dia você realmente me amou?
Estou sem chão, nada me move a continuar vivendo. Minha única alegria é comer. Estou muito mais gorda que antes. Satisfeito? Agora não vai ser difícil me trocar por uma mais magra! Olha só, eu, que sempre tive um corpo perfeito, abrindo mão dele só por você. Logo você, que me deixou nesse estado. Eu mereço? Era eu quem devia ter feito o que você fez comigo! Nunca entendi porque me casei com você. Ah, é o amor, esse sentimento idiota! Veja só, você não tinha nada a acrescentar na minha vida! Só passar por humilhações, raivas!
Tento pensar menos em você. Mas não consigo. Qualquer cantinho desse apartamento me faz lembrar você. Seja no fogão, que antes era meu melhor amigo, quando me matava de cozinhar pra você, hoje, é meu inimigo, me obrigando a comer mais e mais. Por sua causa. Seja a cama. Ah, lá eu tenho certeza que você viveu momentos felizes. Ao contrário de mim... Nunca consegui sentir nada. Mas nunca falei, tinha medo de te magoar, de te deixar triste. Mas hoje vejo que não. Que se eu não senti nada, foi sua culpa! Só sua! Você deveria ter se preocupado comigo. E nada! Nem um ‘como vai?’ eu recebia!  Nunca! Por isso que me tornei o que sou agora. Pareço mais um monstro do que uma mulher. Sua desvalorização fez com que eu parasse de cuidar de mim, de ir ao salão, de ir ao médico, de fazer algum exercício físico. De fazer o que eu realmente sempre gostei. Aliás, você sabe das coisas que eu realmente gosto? Mas, mesmo assim, você não me notava nem feia. Foi por isso que me trocou. Se nunca gostou de mim, por que me enrolou por tanto tempo? Por que me traiu? Você queria que eu me humilhasse. Você queria ter pena de mim! E rir da minha cara. Conseguiu.
E é por isso que eu grito. Grito por não conseguir falar isso tudo pra você. Grito por continuar nessa situação. Por, mesmo depois de tudo, continuar com você. Continuar te amando. Continuar aceitando tudo que passou e tudo que vou passar. Grito por ainda não ter coragem de mostrar meus sentimentos. Grito, grito, e só grito. Grito na esperança de que um dia você perceba o mal que está fazendo comigo. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Sentimento, pra que?

Agora é o momento certeiro. Chegou ao ponto. Aquele ponto decisivo. Aquele chave. Será que vale a pena investir, mesmo sabendo que a minha cara vai ser quebrada logo em seguida, como sempre? Por que será que eu sempre me imagino numa relação, desde a primeira vez? Qual a minha dificuldade em deixar as coisas caminhar por elas mesmas? Sou muito afobado, quero tudo pra hora, sou pós-moderno, enfim. Mas como fazer se eu sou assim, se não sei deixar o tempo pensar e, enquanto isso, deixar a minha vida passar? Quantas dúvidas. Tudo o que eu queria é não ter sentimentos. Eles sempre acabam nos traindo. Queria ter nascido bem no começo da modernidade, onde todos colocavam a razão sobre o sentir. Queria não me relacionar com as pessoas, assim, não me decepcionaria com elas. Ou não me decepcionaria comigo. Ou não deixaria que meus sentimentos me fizessem acreditar em certas coisas que de fato não existem. Coisas que, imaginando, idealizando, pegando outro sentido, cheguei á conclusão. Sem ao menos duvidar, questionar. Quanta falta de atitude! Será que um dia vou aprender?

domingo, 13 de novembro de 2011

Que vida, a minha

Como eu posso ser tão idiota assim? Já cantei "Já Foi". Já me desliguei. Ou tentei. Já parei de correr atrás. Já deixei de ser criança. Já tentei me tornar frio e não demonstrar sentimentos. Nisso falhei. Já me propus ser outra pessoa que não sou. Não consegui. Sempre acabo na mesma, sempre stuck on repeat. Sempre. Não tem nenhum momento na minha vida em que não me sinta assim. Sempre faço as coisas, tento mudar. Mas parece que isso tudo de nada adianta. Sempre acabo fazendo as mesmas coisas, cometendo os mesmos erros. Voltando naquilo que prometi pra mim mesmo que nunca mais faria. O que acontece quando a gente descumpre a promessa que nós mesmos fizemos? Será que nem a auto punição serve para amenizar esse sentimento de "opa, fiz merda, de novo!"? Não, certeza que não. Não aprendo.
Se isso fosse uma escola, tinha repetido nessa matéria inúmeras vezes, seja com professores diferente ou os mesmos. Mas todos com a mesma características, me forçando a aprender as regras do estudo. E eu, sempre aquele aluno rebelde, se relutando em tentar entender aquilo tudo. Ou fingindo que aprendia aquele tudo. Pra na hora da prova, errar tudo e tirar um feio e enorme zero. E mesmo com as inúmeras repetições e bombas, eu   não gosto. Parece que eu gosto de jogar algo fora, no caso meus sentimentos. Que são alimentados durante as aulas. Só crescem e pra no final, serem jogados no lixo como um papel de bala. O que tenho que fazer? Mudar de escola? Fugir do problema? Não! Exijo encarar ele de frente.
Mas como, vestir uma armadura e ser mais alérgico ao amor? Ou deixar que façam sempre isso comigo e não me importar mais? Mas esse não é meu jeitinho! Aprendi que não posso mudar pra agradar os outros. E é questão de poder, sim! Eu estaria lutando contra aquilo tudo que sou a favor. Contra a liberdade de expressão, contra a diversidade! Contra um mundo sem máscaras! Não, não, não sou desses. Então, o que fazer? Mudar minha postura, não minha essência. Tentar me envolver menos parece uma boa saída. Tentar acreditar menos nas pessoas também. E, sobretudo, ter mais confiança em mim. Parece difícil, mas dessa vez vou tentar fazer a lição de casa do jeito que ela sempre teve que ser feita. Tentar, tentar, até passar, sem recuperação. Será que consigo?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O amanhã

É incrível como há somente o desejo de mudança a partir de um momento crítico. Quando está tudo aparentemente bem, ninguém quer alterar, do jeito que está, está ótimo. Não quer uma melhora. Costumo dizer que esse é um estado de conformação. Até quando não está tudo bem, a gente se vê obrigado a se conformar, mesmo achando que não deveria fazer tal atitude. E isso acontece tanto em nosso dia-a-dia que acaba virando rotina. Conformar com um trabalho que não gosta, com uma relação indiferente com uma pessoa que você não vai com a cara, com as imposições da sociedade... Penso que tudo que nos cerca depende disso. É literalmente a conformidade do mundo. Quando alguém tenta fugir desse padrão, é tachado como crítico, como esquisito, diferente. E deveria ser realmente o contrário! Ficou tão comum essa passividade que a pessoa que tenta mudar é vista como louca! Quando vemos pessoas que largaram um emprego estável para se aventurar em outras áreas, mais interessantes pra elas, achamos que elas são loucas! Como largaram a estabilidade para investir em algo que realmente gostam? Ou sei lá, tentar crescer mais no emprego, ter o anseio de alguma coisa! Lógico que não podemos ignorar o que vivemos no passado ou nossa situação atual. Temos que ver que tudo que passamos na vida é motivo para crescermos, para aprendermos novas coisas. Por isso acho que valorizar o passado e o presente é extremamente importante, porém não podemos deixar que eles influenciem na nossa vida futura. Questionar, investir, procurar algo, um novo desejo, um crescimento. É assim que eu vejo minha vida, nunca quero ficar preso num ponto, mesmo que ele seja favorável a mim. Quero algo novo. Quero mudança. Quero sempre mais e mais. Ser cada vez mais competente, mais interessando em minha profissão, ser mais feliz em minha vida pessoal... Buscar sempre o melhor pra mim, o intrigante, o duvidoso, e, mesmo não dando certo, ter aquela gostosa sensação de pelo menos ter tentado, de não arrependimento. Mas sempre em direção ao novo, ao movimento. Nunca à conformação.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eu, pós-moderno

Aprendendo, reclamando e pedindo.
Nunca ouvi falar tanto em pós-moderno como hoje. Tudo bem que meu curso de Comunicação exige esse conhecimento. Mas será que precisava ser tão explícito assim? Em todas as matérias, não é possível! Antes fosse só durante a aula... Sou obrigado a ouvir falar desse termo em todos os meios de comunicação e até mesmo naquelas coloquiais que a gente ouve no ônibus. Tudo bem que a maioria das pessoas não tem noção do significado do termo "pós-moderno" em si, mas falam sobre ele todos os dias, o dia todo, sem se darem conta, inclusive. É quase impossível de se escapar dele. Tudo o que eu queria é que mudassem esse maldito assunto!
Mas vejo que apesar dele ser discutido o tempo todo e causar o meu cansaço, não consigo viver num mundo que não seja pós-moderno. Nasci nele e acho que morrerei nele. Abuso dos sentidos, exploro ao máximo meus sentimentos. Gosto de mudança, sou, inclusive, muito instável. Até meus relacionamentos são a cara do pós-moderno. Instáveis, mutáveis, rápidos. Então, sou a cara daquilo que não gosto?

Eu sou a resposta que procuro.
Eu sou o pós-moderno! Não conheço ninguém que represente tão bem o seu tempo como eu. E uma pessoa que, mesmo concordando e amando as características provenientes desse período, não aguenta mais falar sobre ele. Tem coisa mais pós-moderna do que isso?
 Eu sou a certeza do meu mundo.
E se, repentinamente, mudássemos de período? Seria fácil me adaptar? Acho que não... Mas, e quando eu me adaptasse? Será que aguentaria a intensa fala sobre esse período imaginário? Não consigo nem pensar nisso, nem planejar meu futuro. Aliás, essas suposições são tão pós-modernas! É, definitivamente nasci para o pós-moderno! Não me adaptaria mesmo a outro tempo.
 Hoje eu vou enfrentar minha dor.
E assim continuo sendo eu. Sendo exemplo feliz e infeliz do atual, renegando e afirmando seu próprio destino.
Vou viver, merecer meu amor.
 "Eu Sou (Vertigo)" - Wanessa

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Egoísmo?

Como descrescrever isso que eu sinto agora? É uma mistura de entusiasmo com insegurança e incerteza. Algo que nem sei se é verdade ou se é só algo que minha imaginação criou pra trazer um pouco de movimentação. Se for isso, conseguiu! Há tempos minha cabeça não fica tão ocupada com alguma coisa. Aliás, acho que ela não ficou nunca tão ocupada como está hoje. Não que isso seja ruim, mas também não é a melhor coisa do mundo. Paro de me concentrar nos estudo, me desligo dos meus amigos e mal como, numa atitude que, não tendo um outro termo melhor, chamo de egoísmo. Egoísmo de se fechar para o mundo e se concentrar somente em si, mesmo que isso represente pensar mais no outro do que em si próprio. Vou além: posso até dizer que essa atitude egoísta mostra que você queria ser o outro. Assim, pensando no outro, vai pensar no eu que queria ser. É uma teoria muito louca, mas eu acho que quando se entende ela é facilmente comprovável. Então, a recíproca seria verdadeira? Será que quando pensamos aparentemente no outro estamos pensando em nós mesmos? Eu acho que sim. Se temos a meta de vida de encontrar a felicidade e ela só é possível com a presença do outro, quando pensamos na felicidade desse outro temos, acho que conscientemente, a meta de encontrar nossa felicidade. Nem sei se sobe me explicar direito, mas é uma idéia tão louca que já até estou desistindo dela, não faz sentido nenhum, né? Agora, uma coisa que eu tinha como certa desaparece na minha cabeça como se o vento da minha sanidade soprasse pra fora dela. E escrever sobre os sentimentos cada vez mais se torna difícil e dual...

Celebração do Inútil Desejo

Tinha uma vida estabilizada: mulher, filhos e cachorro. Um emprego em uma empresa multinacional de alimentos, saúde perfeita, corpo em forma... E dinheiro, então? Não podia reclamar de nada. Quem via de fora aquela situação toda, achava que não precisava de mais nada na vida. Mas não era bem assim.
Desejava crescer na empresa, mas, como o cargo que eu tinha, não conseguiria alcançar nada mais alto. De nada valeram minhas especializações e mestrado... Largar um emprego estabilizado para se aventurar em algo incerto, tinha medo disso, medo de me frustrar e deixar minha família na pior. Aliás, família, era um encosto na minha vida.
Aos olhos de quem vê, minha família era exemplar. Filhos lindos, bem educados e muito inteligentes. Minha mulher cuidava muito bem da aparência e também do intelecto, era uma daquelas cientistas crânios, que desenvolvem vacinas e descobrem novas doenças. Mas em casa era possessiva, cheia de manias e exigia muito de nossos filhos e de mim, principalmente. As crianças eram duramente reprimidas, por qualquer coisinha era colocadas de castigo. Na minha época, era até saudável fazer esse tipo de coisa. Era melhor aprender com os erros. E meus filhos de nada aprendiam com esses castigos, só conseguiam nutrir um sentimento de ódio pela própria mãe. Eu, sempre contra tais atitudes, nada podia comentar. Estaria tirando a autoridade da mãe, fora que seria duramente reprimido.
Minha mulher ficava alerta a cada ligação que recebia no celular. Quem quer que fosse, ela perguntava. E sempre era algo relacionado a trabalho. Nunca saía com meus amigos de faculdade, nem pra tomar um chopp no happy hour depois do trabalho, por puro medo dela. Já ela, saía sempre. Quase toda semana saía com as amigas. Bom, pelo menos é isso que ela falava que ia fazer, mas eu nem me importava. Já não tinha mais ciúmes dela, acho que nem gostar dela mais eu gostava. Toda aquela atitude me deixava com nojo. A única coisa relacionada a ela que eu me preocupava era sempre usar camisinha durante o sexo. Tudo bem que não estava acontecendo muito ultimamente, mas meu medo era de ela contrair alguma doença nessas saídas com as amigas e passar pra mim, que nem gostar dela eu gostava. Lógico que ela reclamava, mas eu alegava que estava fazendo um tratamento e que teria que usar o preservativo por um bom tempo. Até procurei na internet o nome de uma doença que pedia esse tratamento. Ela, cientista, saberia logo se eu estava mentindo. Precisava me preparar.
Não aguentaria essa situação por muito tempo. Estava casado há uns cinco anos e todos eles com essa infelicidade. Meu emprego estava por um fio. Não por minha culpa, pois quando sinto dor, produzo mais. Mas pela empresa em si. Ela não andava bem, tinha dívidas e a sede Nova York estava prestes a falir. Já sabia que meu trabalho não ia durar por muito tempo. Era a chance que eu precisava. Sem me desligar da empresa, comecei a procurar emprego em outros lugares. Queria realizar outras funções, começar do zero, quem sabe fazer outra faculdade? Sempre quis fazer gastronomia, mas por pressão do meu pai, acabei fazendo administração. E essa decisão foi tomando magnitude tão grandes que resolvi acabar com o meu emprego naquele mesmo instante. Não queria ver aquilo que construí com tantos anos de esforço se desmoronando. O melhor que tinha a fazer era aquilo mesmo. Com dor no coração fui ao meu chefe, entregar a carta de demissão. Ele lamentou, mas sabia que ele estava satisfeito com a decisão: teria um salário a menos a pagar.
Mas acho que a pior consequência do meu ato seria a reação da minha mulher. Ela faria eu ir lá de volta, implorar pra voltar. Mas meu espírito turrão e cabeça dura não iria permitir fazer isso. Decidi que não iria falar pra ela. Sairia de casa todos os dias e voltaria no mesmo horário. E nesse tempo procuraria alguma coisa pra fazer. Meu plano era trabalhar como gerente num estabelecimento pequeno e começar a estudar, fazendo o que eu realmente sempre quis. Não precisava de faculdade, não tinha tempo pra isso, um curso técnico estava de bom tamanho.
Arrumar um emprego não foi difícil. Mas o salário era metade do que eu recebia antes. Com o tempo, comecei a eliminar meus luxos. Mas não me dava bem com isso. Poderia até pedir dinheiro para minha esposa, mas, nunca! Ela nunca me perdoaria por ter enganado. E meu ego não deixava, também. Foi então que meu vi numa decisão: queria me separar. Não ia ter cobranças, poderia fazer o que bem entendesse. Teria dificuldades, ela não iria aliviar na pensão dos meus filhos. Mas, mesmo se eu gastasse o seu dinheiro todo com isso, não deixaria minhas crianças passando dificuldades.
Falar tudo isso para a esposa foi mais fácil que pensava. Ela aparentemente aceitava tudo tranquilamente. Mas, peraí, essa não era a atitude normal dela. Tinha uma coisa estranha acontecendo. Ela só poderia estar me traindo. Pela primeira vez em muitos anos eu estava com ciúmes da minha mulher.
Quando me dou por mim, estou sentado no meu antigo escritório. Antigo nada, atual. A empresa estava longe de falir e minha vida continuava naquela mesma. É, será que devia encarar uma mudança ou suportar a rotina confortante?